Nome próprio

de Beatriz Larangeira

Despe-te até ao mais íntimo de ti. Na loucura, és um corpo que sente a pulsação do Diabo, mas procuras a calma de Deus. Rasga, tira, canta, grita. Faz! Purifica-te, lava-te, procura-te e encontra-te. Rodopia, corre por gosto, não canses.

Um projeto criado para apenas um intérprete, uma procura incessante da afirmação e uma procura interior de um sentimento escondido. A libertação do fácil, arriscar como parte do crescimento. Seguir um caminho diferente, inovar é necessário, assim como uma flor a nascer, mudando a sua forma. Corpo próprio e pulsante que não se deixa desistir.
Como Régio, procuro a simplicidade do ser, procuro o ser, sigo-me e persigo-me sem deixar que vozes alheias me atraiam. Busca incessante sem fim, que limita mas não se deixa limitar.

Performance elaborada em contexto PAP (Prova de Aptidão Profissional) do curso de Dança do Balleteatro Escola Profissional – Porto e projeto convidado para edição 2020 de Novos Ventos.

Conceção, coreografia e interpretação Beatriz Larangeira
Músico (ao vivo) Diogo Sá
Texto “Cântico Negro” de José Régio
Figurinos Joana Conde Veiga
Agradecimentos Diogo Sá, professores do Balleteatro, Pedro Carvalho e Ventos e Tempestades – Associação Cultural

Beatriz Larangeira estudou no Balleteatro Escola Profissional – Porto e é licenciada pela Escola Superior de Dança, Lisboa. Trabalhos já realizados com diversos bailarinos e coreógrafos, tais como: Teresa Noronha Feio, Francesco Sgrò, Elizabete Magalhães, Jorge Gonçalves, Pedro Carvalho, Vera Santos, Joana Castro, Maurícia Neves, Raquel Cabral, Clarice Lima, Beatriz Valentim, Isabel Agonia e Amélia Bentes.